Por Claudemir Lima
O Senador Wellington Fagundes (PL) foi o entrevistado do “Assunto do Dia” na Top Fm 89,7.

O programa traz assuntos variados ao debate com a participação dos ouvintes através do WhatsApp, no horário matutino, diariamente.
Cada assunto é sabatinado pelo comentarista Jorge de Paula com a ancoragem do radialista Junior Beck.
Alguns assuntos são por vezes polêmicos por serem bastante atuais no cenário cotidiano da política.
O entrevistado do dia 28/04 foi o Senador Wellington Fagundes (PL) de Mato Grosso.
O assunto levado ao debate e entendimento foi sobre a questão do adiamento das eleições municipais para 2022. O assunto carrega um pouco de controvérsia por se tratar de algo novo.
Não é somente uma questão de novidade: o contexto social e político do combate ao coronavírus deixam alguns de sobreaviso, receosos, desconfiados.
Por isso que o debate democratizado no quadro do programa foi importante para compreender como pensa um legislador federal sobre adiamento das eleições.
Adiar as eleições já é debatido desde fim de março, neste ano, no Senado Federal. Vários senadores, como o Major Olimpo (PSL/SP), Elmano Ferrer (Podemos/PI) entraram com propostas de viabilização da ideia.
O argumento é que os gastos com as eleições municipais podem ser revertidos ao combate ao coronavírus no estados e municípios.
Para adiar uma eleição precisa fazer uma emenda à Constituição. Essa emenda chama-se PEC (Proposta de Emenda Constitucional). O Senador Wellington Fagundes propôs a criar uma PEC para que o STF (Supremo Tribunal Federal) avalie o pedido.

O comentarista Jorge de Paula, já na abertura da entrevista, explicou ao senador, que tinha feito uma enquete aos ouvintes se eram a favor ou contra o adiamento das eleições para vereadores e prefeitos nos municípios. A pergunta da enquete foi direcionada ao senador, que agradeceu a oportunidade, e diz que diante de tudo que a pandemia tem causado “não é a melhor alternativa” fazer eleições este ano.
Questionado sobre o fato dos prefeitos ganharem mais dois anos para emendar seus mandatos, o senador responde que “primeiro é saber se a população, e o Congresso Nacional também, aceita a decisão”.
O senador comenta que sua PEC ainda não tem o total apoio necessário. A PEC pode ter o vislumbre de outras alternativas, como por exemplo, “realizar a prorrogação das eleições e não dos mandatos, com o foco no cidadão” (diante da pandemia), ressalta.
Em Mato Grosso, tivemos a cassação do mandato da ex-Juiza Selma Arruda no senado. Sobre isto, Junior Beck fez intermediação e comentou com o senador Wellington Fagundes, caso seja aprovada a PEC, criaria uma oportunidade implícita ao senador Carlos Fávaro que ficaria com mais dois anos no Senado no lugar da ex-Juiza. Carlos Fávaro (PSD/MT) era suplente da ex-senadora e assumiu a vaga no Senado Federal.
“Se nós tivermos prorrogação das eleições para novembro, eu acredito que a eleição de senador também coincidirá com eleições para prefeitos e vereadores para vaga suplementar a vaga de senador em Mato Grosso. Se nós tivermos prorrogação do mandato dos atuais prefeitos e vereadores aí a justiça eleitoral definirá uma data pra votação, no caso de Mato Grosso, apenas a vaga de Senado”, responde Fagundes.
A conversa com o senador foi realizada através de um smartphone jogando a fala direta no microfone de entrevistado da bancada no estúdio. O senador pôde ouvir as interpelações dos apresentadores Junior Beck e Jorge de Paula de modo claro.
O “Assunto do Dia” é sempre pautado pelo compromisso ético dos profissionais da comunicação envolvidos diretamente na busca de informação e debates de temas atuais juntamente com os ouvintes.
Ao fim, o senador ressaltou a importância deste debate. Disse que “a discussão é importante e é por isso que a democracia é o melhor sistema; todos tem direito de opinar”.
O site Altonorte coloca á disposição, abaixo desta matéria, o áudio das falas dos apresentadores e do entrevistado. O áudio também na íntegra, sem cortes, está na coluna da “Top Fm 89,7- Assunto do Dia”.
Texto: Claudemir G.de Lima