Não é simples fazer o massacre que o Santos aplicou no Boca Juniors

O Santos foi magistral. Cuca faz trabalho estupendo e chega à sua segunda final de Libertadores e, se fizer seu time jogar o que conseguiu nas últimas semanas, será favorito na decisão do dia 30 contra o Palmeiras, no Maracanã. Porque o Santos tem jogado bem e o Palmeiras, não.
Contra o Boca Juniors, o controle da partida foi sempre santista. Desde o início, com bola rodando pelos dois lados, com um sistema 4-4-2, disfarçado, com Lucas Braga pela esquerda, e Soteldo de segundo atacante, perto de Kaio Jorge.
Logo aos 16 minutos, Diego Pituca desistiu de reclamar de pênalti em toque de mão. Prestou mais atenção à bola e finalizou de virada, para fazer 1 x 0.
Cuca preocupava-se com a força do Boca Juniors como visitante. Só contra o Racing, o Boca não havia feito gol fora de casa, nesta edição da Libertadores. Também havia preocupação de muita gente na Vila com o estilo do colombiano Wilmar Roldán, com quem os visitantes costumam ter melhores resultados.
Nada disso preocupou o Santos. Logo aos 4 minutos da segunda etapa, Soteldo fez 2 x 0. Solto como segundo atacante, Soteldo caiu pelo lado esquerdo, o seu preferido, e construiu a jogada que deu mais tranquilidade.
No lance seguinte, Lucas Braga aproveitou jogada de Marinho pela direita e finalizou. Incríveis a atuação de Marinho e a adaptação de Lucas Braga, o novo curinga de Cuca. Joga pela direita, marcando o lateral adversário, ou pela esquerda, já foi até lateral e chega à área para fazer gols.
O Santos transformou-se na temporada, superou a saída de Jorge Sampaoli, mudou de estilo com Jesualdo Ferreira, ganhou competitividade com Cuca, venceu as saídas de Sasha, Éverson, Jorge, reconstruiu um time forte, manteve sua incrível vocação para a Libertadores.
Está em sua quinta final, contra o Palmeiras, no dia 30, e pode se tornar o primeiro clube brasileiro tetracampeão sul-americano.