
Com o início do prazo para declarar o imposto de renda, começam, também, as ofertas dos bancos para adiantar o recebimento da restituição.
O professor de finanças do Ibmec SP, Cristiano Correa, alerta para os mais empolgados: “É empréstimo como outro qualquer”. As linhas de crédito usam a restituição como garantia de pagamento e, em troca, oferecem taxas mais baixas do que as habituais do mercado.
Ele explica que este “adiantamento” pode ser uma boa oportunidade para aqueles que pretendem sanar dívidas ou para quem já tem um empréstimo, mas que paga taxas superiores às oferecidas nesta opção.
Mas, em todo caso, Correa ressalta que é necessário fazer os cálculos já que, assim como em qualquer empréstimo, deve se levar em consideração a taxa de abertura de crédito e o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros), além do rendimento que a restituição vai acumulando mensalmente graças à Selic (taxa básica de juros). “É melhor ser recebedor de juros do que devedor de juros.”
Outro ponto em que a atenção deve ser redobrada, segundo o professor, é o prazo máximo de término do empréstimo, já que, se o contribuinte tiver algum problema e cair na malha fina, o banco cobrará o valor integral do empréstimo na data limite.